vendredi 8 mai 2009

Gente de Paris. 2


O penultimo post de Kovacs me deu vontade de apresentar a prata aqui de casa.


Ronaldo Graça é artista grafico. Faz publicidade, desenhos para publicidade, historias em quadrinhos e capas de livros. Atualmente é o capista de duas coleçoes de literatura popular, uma de Paris , outra de Abidjam, na Côte d'Ivoire (leio na Wikipédia que o governo da Costa do Marfim solicitou em 1985 à comunidade internacional que o pais fosse chamado sempre pelo nome em francês).


A coleçao de Paris chama-se "Brigade Mondaine", que é o antigo nome da divisao policial que trata "dos costumes" (repressao à droga, ao proxenetismo, etc). Sao historias erotico-policiais, escritas em linguagem simples e agil como o romance "noir" americano, num francês também simples. Vendem-se loucamente nas estaçoes de trem , em alguns quiosques de jornal e em grandes livrarias. Sao livros pra se ler rapidamente, numa viagem, por exemplo. E nao sao idiotas. Tratam de temas da atualidade: o amor homossexual, a mudança de sexo, a luta das moças pobres para subir na vida, etc e tal. Por incrivel que pareça, nem sempre o enfoque é conservador. Depende um pouco do escritor. Se o capista é um so, para garantir a identidade visual da coleçao, ha um batalhao de escritores, devidamente ocultos por pseudônimos. A identidade é dada pelo editor e dono da coleçao, o poderoso Gérard De Villiers, que aprova pessoalmente textos e esboços de capas.


A coleçao de Abidjan tem outro publico e outro interesse. Publicada por um braço da Hachete francesa, foi criada com uma subvençao estatal para estimular a leitura entre as mulheres. Poderia mesmo ser considerada um material paradidatico. Seu texto, também escrito por varios autores, é também simples e agil mas, apoiando-se nos valores tradicionais da sociedade - amor, casamento, filhos - deve estimular idéias novas tais como o trabalho feminino, a instruçao, o desejo de consumo, o desejo de viagens , etc. Vende também imensamente. Suas capas, feitas logicamente a partir dos temas dos livros, devem mostrar pessoas bonitas e valorizar o ambiente africano. Ha dois anos atras houve um seminario na nova Biblioteca de França a proposito da ultura africana e qual nao foi nossa agradavel surpresa quando soubemos que uma das comunicaçoes seria sobre a coleçao Adoras e que um de seus temas seria a fidelidade ou infidelidade das personagens de suas capas à cor real dos nativos da Côte d'Ivoire.


A arte do marido me fez entrar noutro universo ficcional e refletir mais sobre as concepçoes de arte e de literatura com que trabalhamos.

jeudi 7 mai 2009

Passagens de Paris

Gare de Lyon ( Paris)
Estaçoes sao lugares magicos (clique na foto para aumentar)

samedi 2 mai 2009

No 1° de maio


"Uma estranha loucura se apossa das classes trabalhadoras das nações em que reina a civilizaçao capitalista. Tal loucura provoca misérias individuais e sociais que, ha séculos, torturam a triste humanidade. Essa loucura é o amor ao trabalho, a paixão moribunda pelo trabalho, levada até o esgotamento das forças vitais do individuo e de sua progenitura. Em lugar de reagir contra essa aberraçao mental, os padres, os economistas, os moralistas, sacrossantificaram o trabalho. Homens cegos e limitados, quiseram ser mais sabios que seu Deus; homens fracos e despreziveis, quiseram reabilitar aquilo que seu Deus havia amaldiçoado. Eu, que não me professo cristão, econômico nem moral, quero julgar seu julgamento à luz do julgamento de seu Deus; quero julgar os sermões de sua moral religiosa, econômica, livre-pensadora a partir das pavorosas consequências do trabalho na sociedade capitalista.
Na sociedade capitalista, o trabalho é a causa de toda degenerescência intelectual, de toda deformação orgânica. Compare-se o puro-sangue dos haras de Rothschild, servido por uma criadagem de bimanos, ao pesado animal das fazendas normandas, que puxa o arado, puxa a carroça de estrume, recolhe a colheita. Observe-se o nobre selvagem que os missionarios do comércio e os comerciantes da religião ainda não corromperam com o cristianismo, a sifilis e o dogma do trabalho e observem-se em seguida nossos miseraveis servidores das maquinas."
Esses sao os dois primeiros paragrafos do primeiro capitulo de "O Direito à Preguiça", de Paul Lafargue (e traduçao minha), livro que conheci nos anos 80 por indicaçao de Imara Reis. Ha varias traduçoes em português. No site abaixo esta em versao integral, em francês. Tem de clicar no link e depois em "lancer une recherche":


Paul Lafargue casou-se com a filha caçula de Marx, Jenny Laura. Moraram em Asnières, um suburbio de Paris, onde ela, acostumada com o movimento da casa de seus pais em Londres, se entediava loucamente. Em 1911, ele com 69 e ela com 66 anos, fizeram um pacto de morte e se suicidaram, deixando uma carta na qual declaravam ter escolhido a morte antes da velhice.


Um ramo de muguet para todos nos!



Capa de Ronaldo Graça

Capa de Ronaldo Graça

Capa de Ronaldo Graça

Capa de Ronaldo Graça

Capa de Ronaldo Graça

Capa de Ronaldo Graça

Capa de Ronaldo Graça

Capa de Ronaldo Graça

Capa de Ronaldo Graça

Capa de Ronaldo Graça

Interior de Saint Julien le Pauvre

Interior de Saint Julien le Pauvre

Marion e a igreja de Saint Julien le Pauvre

Marion e a igreja de Saint Julien le Pauvre

Barcelona

Barcelona

Barcelona

Barcelona

Museu da Catalunha

Museu da Catalunha

A arvore mais velha de Paris.Jardim de Saint Julien le Pauvre

A arvore mais velha de Paris.Jardim de Saint Julien le Pauvre

Jardim da igreja de Saint Julien le Pauvre

Jardim da igreja de Saint Julien le Pauvre

Igreja da Madeleine

Igreja da Madeleine

Das escadas da Madeleine. Ao fundo, a place Vendôme

Das escadas da Madeleine. Ao fundo, a place Vendôme

Barcelona- Gracia

Barcelona- Gracia

Rue de Bucci

Rue de Bucci

Barcelona

Barcelona

Charitas forever

Charitas forever
Foto de Elias Francioni

Passage Saint Andre des Arts

Passage Saint Andre des Arts

Cartão-postal

Cartão-postal
Foto de Vera Bungarten

Paris...

Paris...
Foto de Vera Bungarten

No centro do Louvre

No centro do Louvre
Foto de Vera Bungarten

Passages de Paris

Passages de Paris
Foto de Vera Bungarten

Livraria Shakeaspeare.Quartier Latin

Livraria Shakeaspeare.Quartier Latin
Foto de Ana Maria Lucena

Quartier Latin

Quartier Latin
50 anos de Ionesco

Tonico Pereira. Teatro da FAAP

Tonico Pereira. Teatro da FAAP

Le Petit Pont e l'Hôtel de Police

Le Petit Pont e l'Hôtel de Police

Feliz Ano Novo ( foto de Patrick Corneau)

Feliz Ano Novo ( foto de Patrick Corneau)
Dança, a esperança equilibrista porque o show de todo artista tem de continuar.

Ilha da Boa Viagem

Ilha da Boa Viagem
Foto de Elias Francioni

Rue de la Huchette. Quartier Latin

Rue de la Huchette. Quartier Latin

Xando Graça

Xando Graça

Pont Saint Michel

Pont Saint Michel

Les Invalides

Les Invalides
Foto de Vera Bungarten

A dama de ferro

A dama de ferro
foto de Ana Lucena

A côté du Beaubourg

A côté du Beaubourg
Foto de Vera Bungarten

Chez Procope

Chez Procope

Igreja de Saint Séverin

Igreja de Saint Séverin

Angulo da igreja de Saint Séverin. Quartier Latin

Angulo da igreja de Saint Séverin. Quartier Latin
(foto Ana Maria Lucena)

Detalhe da Catedral de Notre Dame

Detalhe da Catedral de Notre Dame

Bassin Igor Stravinsk (ao lado do Beaubourg)

Bassin Igor Stravinsk (ao lado do Beaubourg)
Foto de Vera Bungarten

Liceu Henri IV

Liceu Henri IV
foto de Maria do Rosario

Liceu Henri IV. Ao fundo, o Panthéon

Liceu Henri IV. Ao fundo, o Panthéon
foto de Maria do Rosario

Liceu Henri IV

Liceu Henri IV
foto de Maria do Rosario

Liceu Henri IV

Liceu Henri IV
foto de Maria do Rosario

Jardin du Luxembourg

Jardin du Luxembourg

Espetaculo de mimica

Espetaculo de mimica
Jardin du Luxembourg

Rive Gauche

Rive Gauche

Barcelona Arco do Triunfo

Barcelona Arco do Triunfo

Museu de Zoologia e Historia Natural

Museu de Zoologia e Historia Natural

Jardin du Luxembourg

Jardin du Luxembourg
O despertar da primavera