Leio no Libération que o canal France 2 esta preparando um documentario a partir das experiências da chamada televisao-realidade, onde candidatos devem lutar entre si, de variadas maneiras, de modo a afirmar sua capacidade de sobreviver. Darwin forever.
A historia se passa em torno de uma "cadeira elétrica", nada menos. Um dos candidatos interroga outro sobre determinados assuntos (se sao previamente definidos ou nao, no caso nao tem a menor importancia). A cada resposta errada, o arguidor deve ministrar um choque no arguido, choque cuja voltagem aumenta à medida que os erros se acumulam.
Bem, bem, a "vitima" na verdade é um ator a serviço da produçao e o que é verdadeiramente testado é a capacidade de alguém inflingir tranquilamente a seu presumido parceiro choques de 260 volts porque acredita estar seguindo as regras de um jogo televisivo. A famosa "banalidade do mal" de Hannah Arendt.
Pois é. A idéia é de que a cada dia, mais e mais pessoas, nas relaçoes cotidianas, se descomprometem com seus presumidos principios, a partir do sentimento do dever de obediência à autoridade. - "Eu em principio sou contra mas..." - todo mundo ja ouviu ( ou sofreu) essa frase.
Conformismo ou cinismo? Burrice ou desonestidade? Como distinguir? Precisa distinguir?
Quantos filmes ja se fizeram sobre a dificuldade - e a grandeza - da "desobediência"? Quantas mesquinharias e crueldades ja se concretizaram acobertadas pela desculpa de se estar seguindo as regras?
A saudade ajuda e lembro da piada velha que todo mundo conhece. Nao resisto e conto so "la chute": - "Mas ja de porre a esta hora, meu General?"
A historia se passa em torno de uma "cadeira elétrica", nada menos. Um dos candidatos interroga outro sobre determinados assuntos (se sao previamente definidos ou nao, no caso nao tem a menor importancia). A cada resposta errada, o arguidor deve ministrar um choque no arguido, choque cuja voltagem aumenta à medida que os erros se acumulam.
Bem, bem, a "vitima" na verdade é um ator a serviço da produçao e o que é verdadeiramente testado é a capacidade de alguém inflingir tranquilamente a seu presumido parceiro choques de 260 volts porque acredita estar seguindo as regras de um jogo televisivo. A famosa "banalidade do mal" de Hannah Arendt.
Pois é. A idéia é de que a cada dia, mais e mais pessoas, nas relaçoes cotidianas, se descomprometem com seus presumidos principios, a partir do sentimento do dever de obediência à autoridade. - "Eu em principio sou contra mas..." - todo mundo ja ouviu ( ou sofreu) essa frase.
Conformismo ou cinismo? Burrice ou desonestidade? Como distinguir? Precisa distinguir?
Quantos filmes ja se fizeram sobre a dificuldade - e a grandeza - da "desobediência"? Quantas mesquinharias e crueldades ja se concretizaram acobertadas pela desculpa de se estar seguindo as regras?
A saudade ajuda e lembro da piada velha que todo mundo conhece. Nao resisto e conto so "la chute": - "Mas ja de porre a esta hora, meu General?"
1 commentaire:
Que coisa horrorosa e bárbara, só faltava isso mesmo, flagelo pela TV!
Mas desobediência é comigo mesma, detesto seguir as regras, quaisquer regras, embora tenha tido que ao longo da vida (e do trabalho), claro.
Quanto à piada, não conheço, conta, vai...
beijo,
clara
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